Você conhece a bioinformática? Saiba como trabalhar na área

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Entre o ramo de profissões do momento, é de se notar como as carreiras relacionadas à tecnologia estão em alta. Uma delas é a área de bioinformática, um campo interdisciplinar que une a biologia à ciência da computação. À primeira vista, fica até difícil enxergar qual é a relação entre ambos os conhecimentos, mas a verdade é que essas duas áreas se complementam muito – e contribuem para a construção do mundo de hoje.

Na prática, a bioinformática é fundamental, porque mistura dados matemáticos, estatísticos e de engenharia para processar os dados biológicos. Ou seja, uma criação de tecnologia combinada para uma análise muito mais fidedigna da biologia, de maneira geral.

De onde veio?

A bioinformática tem sua origem nos anos 1960, no momento em que começamos a guardar os dados de pesquisas biológicas em computadores, algo que não é comum dentro dos Ensino Regular.

Evidentemente, naquele momento, essa área de conhecimento ainda estava em seu início: anos mais tarde, ela se desenvolveu para não apenas armazenar essas informações, como também processá-las e organizá-las de uma maneira muito mais tecnológica.

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O boom da profissão, na verdade, aconteceu a partir do Projeto Genoma Humano, que sequenciou o DNA e trouxe uma atuação forte no campo genético, com processamento de tecnologia de ponta. 

Como trabalhar nessa área?

Por ser uma área multidisciplinar, a bioinformática acaba aparecendo em várias áreas de conhecimento e, portanto, em inúmeras vagas no mercado de trabalho. Na medicina, a bioinformática ganha muito destaque.

As áreas de pesquisa relacionadas a infectologia, reprodução humana e laboratorial são um prato cheio para o estudo de bioinformática. Para se ter ideia, o próprio desenvolvimento de vacinas – entre elas, a imunizante contra a Covid-19 – é muito auxiliado pela bio-informática. Somente por meio dela foi possível estudar o coronavírus, a ponto de encontrar meios genéticos de combatê-lo.

Toda a área que envolve compreensão e processamento de dados relativos ao estudo de genes é muito voltado para bioinformática também, seja para determinar o risco de doenças ou mesmo para desenvolver medicamentos para preveni-las e erradicá-las, quando possível. Um dos exames genéticos mais conhecidos, chamado de cariótipo, é um bom exemplo da bioinformática em ação: o resultado e a análise do exame depende dela.

A agropecuária é outra que também se beneficia com a bioinformática, aliada à biologia molecular. A produção de novos alimentos e de cuidados tecnológicos voltados a essa área passa muito por uma análise genética, seja para a separação das melhores características ou para a compreensão da forma de cultivo, com criação de monoculturas.

Formação para bioinformática

No dia 4 de abril deste ano, a resolução CFBM nº 346 passou a considerar a habilitação do biomédico voltado para informática da saúde como bioinformática, o que facilita a formação dentro dessa área – que não é tão simples.

Para trabalhar nesse setor, é necessário se formar em uma faculdade específica da área, mas o mercado tende a preferir profissões com formação em faculdade de biomedicina, bioquímica e biologia, com especialização, já na pós-graduação, na área da bioinformática, ciências da computação, ciências aplicadas à genética, entre outros cursos relacionados.

A maior parte dos cursos exige um regime, no mínimo, semipresencial, e o perfil do aluno precisa ser voltado para ciências exatas e biológicas. 

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